Ele ainda cava túmulos
para enterrar fantasmas do passado
Ele ainda usa mãos
para sepultar memórias do futuro
Ao fim da história,
ele quer apenas esquecer a viver
Ao centro da encruzilhada,
ele não sabe qual caminho escolher
Ele ainda faz promessas
para evitar antigos dessabores
Ele ainda aguarda outonos
para aprender novos sabores
À margem da vida,
ele vê apenas folhas secas e renovação
À espreita da sombra,
ele não acredita no ciclo da estação
Ele ainda ensaia acordes
para produzir harmonias
Ele ainda escuta ruídos
para desconstruir melodias
Ao fim do crepúsculo,
Ele, em silêncio, está a sussurrar
Ao cabo do luar,
ele não quer nada a não ser deitar
Commenting expired for this item.
No comments