Ó mar que és tão infinito
És para muitos maldito
Por tantas vidas ceifar
Levas para longe os amantes
Para outras terras distantes
Pões tanta gente a chorar
 
É tão grande a tua história
Que não há nos homens memória
De tudo o que em ti se passou
És palco de tanta luta
Também de muita labuta
Que nunca alguém imaginou
 
És teatro de tanta guerra
Imposta pelos donos da terra
Que em ti fazem soar os canhões
Mas em dias de muito calor
Assistes a promessas de amor
E a tantas incontidas paixões
 
É infinita a tua grandeza
És fonte de tanta riqueza
Tão difícil de imaginar
És a inspiração dos poetas
Apanágio dos profetas
Que seria de nós sem ti mar.