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O monte, um jardim suspenso,
sacode as compridas abas
quando o vento sopra descuidado
e dança no cabelo solto dos ramos
listrando de verde e amarelo
as longas asas.
A balançar os braços
rodopiam os plátanos;
frágeis e aprumados traços
como mastros livres, abertos,
agitando no ar, sem jeito,
as mãos livres dos laços.
E depois, num momento de quietude,
a beber água da taça,
ouvem-se os pássaros:
tudo fica perfeito – é Deus que passa.
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