É só você e o trigo nesta vasta plantação
É a natureza a lhe oferecer uma dose de provisão
Tempo de semear no início de uma estação
A fartura vem depois no auge do verão
Após a colheita, outra preparação
A magia acontece quando o trigo vira pão
Mas tudo não passa de uma mera ilusão
A fartura é obliterada pela sua solidão
À noite, há apenas a luz do lapidão
Uma leve chama a iluminar só sua feição
Um olhar invisivel a esta putrefação
Só consigo mesmo; ninguém a lhe estender a mão
Faz tempo que não fala e nem solta um palavrão
Os pensamentos flutuam escondidos em seu coração
Um galo canta ao fundo e é a hora de ação
Mais um dia de trabalho, um dia em reclusão
É assim a sua vida; sua vida de ermitão
Sem nem uma queixa; sem reclamação
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