Ouvi o clamor da terra
Senti o odor de longínquas queimadas
Gritos atônitos transpassaram léguas
E que ecoaram por tamanho desespero.
Filhotes ao ninho sem recurso
Restando-lhes apenas o segundo vindouro
Que durante a ciranda das labaredas
Elas, sem piedade;
Encerram – prematuramente - o canto mágico,
Ou o uivo colossal,
Ou o ciclo da essência vital.
Ouvi o clamor da terra
Ouvi a insensatez mundana
Ouvi histórias de futuro promissor
Embasados pela melodia fúnebre
Sem misericórdia daquela dor.
Lembrem-se:
Diante de uma possível resposta
O equilíbrio natural acontecerá
E você sentirá as mesmas dores e aflições.
Diante da força da natureza
Não há logística quanto à prevenção ou combate;
Não há soberania humana;
Ela, a natureza, é suprema!
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