No grande dilema de viver numa ilha paradisíaca,
De olhar para todos os lados e não saber onde fica o mar;
De virar a face para cima e ver apenas um clarão azul
E não saber se isso é o que os outros chamam de céu.
Estamos tão levemente aqui… que não sei o que realmente cedeu,
Quando a força do braço separou da árvore um ramo:
Se o ramo da árvore mais fraco, se a árvore do ramo mais forte.
Por acreditar que a luz vive no coração, o que estranho
É a ideia de não saber que raio a pele reveste…
O que aconteceria se olhássemos fixamente o sol,
Ao acrediar que a luz vive apenas no coração?
O verdadeiro sol só a pele sente,
A verdadeira luz só a alucinação pressente…
Coração, o que de verdadeiro um ouvido junto ao peito conhece?
É esse o grande dilema: não saber onde possa existir o mar,
Sabendo que bem no meio dessa dúvida existimos numa ilha.